O que a linguagem de programação Delphi tem em comum com Java e C#? A resposta é tudo? Ou nada? Quem sabe!. Estranho? Com certeza! E a resposta correta depende da versão do Delphi do qual estamos nos referindo. Ou não?
O Delphi nasceu em 1995 como uma linguagem de programação Object Pascal para o Windows 16 bits e foi o primeiro a ser descrito como ambiente RAD (em português, Desenvolvimento Rápido de Aplicações), seu nome faz alusão ao banco de dados Oracle, pois na mitologia grega o Oraculo (Oracle) podia ser encontrado no templo de Delphi.

Delphi – Win32
O Delphi se difundiu pelo mundo na sua versão para Windows 32 bits, justamente por fazer realmente o que prometia, era rápido para desenvolvimento em grandes equipes, podia se conectar com qualquer banco de dados e de vários modos diferentes, além de possuir uma gama de componentes de todos os tipos, desde os Open Source, como o famoso pacote de componentes Russo chamado RX, até componentes empresariais relacionado a dados e ao visual da aplicação como o InfoPower e 1st Class da empresa Woll2Woll.
O Delphi também possuía vários componentes para relatório onde podia-se utilizar o poder da sua conexão com o banco de dados Oracle, unidos aos recursos de seus componentes, também possuía integração com o gerador de relatório mais famoso do mundo o Cristal Reports que hoje pertence a SAP.
Outro ponto forte do Delphi é que era possível programar rotinas em Assembler dentro do Object Pascal apenas abrindo um bloco ASM e dizendo direto ao hardware o que o desenvolvedor gostaria de fazer. O Delphi também possuía várias rotinas Assembler como parte de seus comandos como o caso do comando Abort, para ver estas rotinas bastava clicar em cima do comando em questão escrito de qualquer Unit pascal e pressionando o botão Control (CTRL + Click) e automaticamente você seria levado ao código que o originava, assim como nas IDEs de hoje em dia.
Assembler Delphi: http://docwiki.embarcadero.com/RADStudio/XE3/en/Using_Inline_Assembly_Code
Com o “Boom” do Linux em 2001 foi lançada uma versão para esta plataforma chamada Kylix, com o lançamento do Delphi 8 a linguagem passou a suportar o .NET Framework, podendo-se escrever programas C# direto de sua IDE, mas não vingou e muitas empresas estacionaram seu desenvolvimento na versão 7 do Delphi. O Delphi hoje é marca registrada da empresa Embarcadero e está na sua versão XE10 (emprestando a estratégia de versão do Windows 10) no qual pode-se desenvolver aplicações verdadeiramente nativas para Windows, Mac, Android e iOS a partir de uma única base de código.

Delphi 7 – Win32
Desenvolvimento em Delphi vale a pena migrar para Java ou C#?
Bom, então, para quem migrou da versão 7 do Delphi para suas versões superiores e utilizou o suporte a plataforma .Net não temos muito o que falar, pois C# lembra muito o Java que por sua vez bebeu da fonte do C++ e assim por diante, mas para aqueles que continuam desenvolvendo em Delphi para Win32 a coisa é bem diferente.
Existe até uma URL estratégica da Embarcadero preparada para as pesquisas do Google:
UpGrade Delphi 7 para XE10: http://www.embarcadero.com/br/products/rad-studio/upgrade-from-delphi7
Programas escritos em Delphi 7, suas versões anteriores ou versões superiores mas utilizando projetos de código nativo ainda são comuns e a pergunta mais frequente é se vale a pena migrar para Java ou C#?
A resposta é simples, sim! Vale a pena mudar!
Por que ?
Ao contrario do que a maioria pensa (que me digam os proprietários de software houses que ainda desenvolve em Delphi código nativo) desenvolver para Win32 exige um conhecimento muito técnico das APIs do Windows, apesar do Delphi transformar esta programação em uma tarefa extremamente fácil (vide Visual Studio MFC C++ para Win32) o resultado algumas vezes pode não ser aquele desejado pelos proprietários de software house, nem pelos clientes e nem pelos programadores.
Na pratica existem muitos programas escritos em Delphi para Win32 que são lentos, mesmo usando o melhor banco de dados do mundo, o Oracle, sem entrar no mérito das melhores praticas para um banco de dados. Muitos programas geram erros de memoria sozinhos, apenas com o usuário o utilizando, são difíceis de dar manutenção e não são projetados para o crescimento da base de dados, e pasmem, existem programas que param de funcionar devido a lentidão quando utilizados em bases de dados de grande porte (entrando no mérito das melhores praticas para um banco de dados), gerando para as empresas uma legião de clientes insatisfeitos, se identificou?
Mas o problema não é do Delphi e nem das APIs do Windows e sim da técnica dos programadores principalmente de programas que já foram migrados do Cobol, Clipper, DataFlex entre outras linguagens na qual se utiliza bases de dados relativamente grandes. Um erro comum era não conhecer o sistema operacional e não usar Dlls e ActiveX, criando Units de código pascal para as bibliotecas e programas reutilizáveis que eram referenciadas entre si e compiladas junto com o executável o tornando enorme, além disto, necessitando deste modo criar grande quantidade de procedimentos e funções publicas para estas Units ou Forms também referenciados (quando a convenção para qualquer linguagem orientada a objeto diz que você deve sempre criar métodos privados e usar métodos públicos somente quando realmente for necessário). A consequência deste tipo de programação é sem duvida, vazamento de memoria (Memory Leak), visto que apenas o Delphi com suporte ao .NET Framework possui o Garbage Collector, além de códigos fonte crescendo desordenadamente ao longo dos anos, sem contar outros inúmeros conceitos da programação para Win32 que continuaram sendo completamente ignorados.
Dinamic-Link Library: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/windows/desktop/ms681914(v=vs.85).aspx
Component Object Model: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/windows/desktop/ms694363(v=vs.85).aspx
Delphi ActiveX Framework: http://docwiki.embarcadero.com/RADStudio/XE3/en/Overview_of_COM_Technologies
Memory Leak Delphi: http://delphi.about.com/od/oopindelphi/a/memoryleak.htm
Para quem não teve estes problemas ainda possui um software plenamente funcional, rápido e com um pouco mais de trabalho pode se desenvolver qualquer coisa que é feita hoje em dia, pois a Microsoft garante a compatibilidade da API Win32 (conceito que significa código nativo e não só para 32 bits). Assim como o modelo de programas em Delphi escritos em código nativo, nos dias hoje a Microsoft disponibiliza este tipo de ferramenta apenas para C++, e este tipo de programação não pode ser desenvolvida à partir de uma versão Express do Visual Studio, pois a aplicação nativa é ideal para softwares coorporativos por ser consideravelmente mais rápida do que aplicações utilizando o framework.
Código Nativo – Win32 : http://msdn.microsoft.com/pt-br/library/hh875053.aspx
O Delphi possui a melhor IDE RAD de todos os tempos, suporta vários tipos de conexões incluindo os melhores bancos de dados do mundo, é multi-plataforma, possui código nativo com acesso pleno a API de plataforma, incluindo plataformas mobiles.
Embarcadero: https://www.embarcadero.com/br
Delphi Language: http://docwiki.embarcadero.com/RADStudio/XE3/en/Language_Overview

RAD Studio XE7
Migração Delphi – Java ou C#
Muitos proprietários e gerentes de TI se deixam levar por toda propaganda em torno das linguagens Java e C#, o que você deve lembrar é que você esta lidando com a Oracle e a Microsoft e um orçamento enorme para marketing mundial, isto significa que os softwares principais ou seja, produtos de primeira linha para o segmento empresarial que fazem praticamente tudo e estão no topo da tecnologia, os “ERPs” das grandes empresas fornecidos pela Oracle e Microsoft que provavelmente são concorrentes direto, senão em um todo em algum módulo do produto que você planeja desenvolver e possivelmente são vendidos por um valor muito maior do que seu produto final será, estes produtos topo de linha não foram desenvolvidos e nem utilizam Java e .NET, o Oracle JDEdwards utiliza Event Rule Language, C e C++ e o Microsoft Dynamics AX (C++) utiliza sua IDE MorphX e a linguagem X++ e foi desenvolvido originalmente pela IBM, então você não deve tornar nenhuma das marcas registradas seu time do coração antes de conhecer as mesmas razoavelmente. Não pense que você vai desenvolver o próximo JDE ou Dynamics usando Java ou C#, até porque os bancos de dados renomados fabricados pelas mesmas empresas detentoras dos ERPs possuem Features exclusivas para os mesmos e assim também acontece com o SAP R/3 que é líder no mercado empresarial e a Oracle e a Microsoft se orgulham em dizer que seus bancos de dados são certificados para as aplicações SAP.
É claro que você pode desenvolver ótimos e robustos softwares com as linguagens Java e C# mas tenha em mente que investir em infraestrutura, conhecimento técnico e funcional é muito importante, por isto se você é testemunha de problemas descritos no tópico acima simplesmente migrar para uma destas linguagens por si só não vai resolver seu problema, muito pelo contrario, Java é baseado em C++ e C# é baseado em Java, assim o conceito de objetos, classes, coleções, iteradores entre outros, demanda uma curva de aprendizado relativamente maior que o aprendizado exigido pela linguagem Object Pascal, sem contar que o programador também deve conhecer como funciona o sistema operacional em questão independente da linguagem ser ou não multi plataforma.
Dependendo do tipo de projeto, hoje, também vale a pena utilizar linguagens que vem ganhando muito espaço no mercado internacional e no Brasil, como Ruby e Python que possuem uma comunidade muito ativa. No exterior Python é ensinado a crianças nas escolas e muitos a veem como uma linguagem do futuro. Estas linguagens são multi plataforma, muito versáteis e puramente orientadas a objeto, apesar do Python não possuir oficialmente esta classificação é bem similar ao Ruby, na verdade Ruby que foi inspirado em Python, e de qualquer modo Python e Ruby possuem uma orientação a objeto mais pura que Java e C# pois não possuem tipos primitivos possibilitando cortar alguns caminhos na hora da codificação, além do beneficio de que as duas linguagens possuem uma sintaxe simples e minimalista, fazem a mesma coisa requerendo muito menos linhas de código e ainda por cima de um modo mais fácil.
Já o Java e o C# herdam a sintaxe e conceitos do C++, inclusive o C# trouxe do C++ muita coisa que o Java aboliu, como ponteiros e Structs, as duas linguagens na pratica são muito similares e ambas já são linguagens conceituadas. Uma vantagem é que Java, Ruby e Python são linguagens que possuem muitos frameworks de código aberto sob diversas licenças, evoluem mais rápido do que o C# que vai incorporar as novidades só em sua próxima versão ou na próxima versão do Windows que agregará novas tecnologias, muitas delas vindas ou inspiradas no código aberto, como vários frameworks Java que também foram escritos para C# mais tarde, e o próprio ASP.NET MVC que foi e ainda é altamente influenciado pelo framework Rails.
Entretanto a Microsoft já se mobilizou para tentar mudar esta situação criando uma serie de medidas, lançando uma versão comunitária do Visual Studio, adotando o Python e outras linguagens e as integrando ao Visual Studio, firmando parcerias com empresas como a Apache incorporando o Apache Córdoba e a empresa Xamarim que patrocina o Mono (Linux) e é proprietária da plataforma Xamarim (OS X e Android), outra medida também foi abrir o código fonte da tecnologia ASP.NET tornando seus frameworks abertos sob a licença Apache, para que possam sofrer mais influencias da comunidade de código aberto, pretende também em um futuro próximo, abrir o código do núcleo do .Net Framework para que se torne autossuficiente em outras plataformas. Influencia esta que o Java e outras linguagens já possuem e atuam fortemente em todas as plataformas (Unix, Linux, Windows, OS X e diversos devices), inclusive na tecnologia Cloud, onde a Oracle proprietária do Java há tempos já lançou o primeiro sistema operacional exclusivo para as nuvens, o Oracle Solaris 11, em contrapartida as varias distribuições Linux Enterprise como a RedHat também estão investindo fortemente na plataforma Cloud, como por exemplo a plataforma hibrida OpenShift que suporta serviços em varias linguagens e bancos de dados diferentes, enquanto a Microsoft foca exclusivamente na sua tecnologia Azure, MSSQL Server, na interoperabilidade com o sistema operacional Linux Suse Enterprise e em suas novas parcerias.
Durante todas estas reviravoltas tecnológicas no universo do código aberto e no mundo proprietário, batalhas judiciais pelas patentes de softwares e devices, o Delphi apenas corre atrás das velhas novidades, ainda tentando mover usuários (sem perde-los) de sua plataforma Win32 para as suas novas plataformas proprietárias (livre somente de royalts) que competem com vários outros frameworks mais atuais, muitos deles de código aberto e ou gratuitos.
Conectividade Delphi: http://www.embarcadero.com/br/products/delphi/connect
Uma das mais famosas bibliotecas C++ no qual Java e C# foram baseados:
Standard Template Library: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/c191tb28.aspx
STL/CLR Library: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/bb385954.aspx
JCF – Framework: http://docs.oracle.com/javase/tutorial/collections/intro
No Brasil a linguagem de programação C# é a queridinha das empresas de pequeno e médio porte, isto é devido as diversas ações que a Microsoft executa no mercado nacional com seus programas, entre eles as certificações com escolas credenciadas, Microsoft Partners e inúmeras convenções e encontros, já o Java atua soberano no mercado de software para Main Frames e Devices, desenvolve-se em Java também dentro de softwares de grande porte, incluindo softwares da Oracle, IBM, Google e SAP, como no banco de dados Oracle e IBM DB2, que rodam rotinas em Java, além destas quatro companhias também possuírem uma IDE exclusiva para programar em Java, elas são NetBeans (Oracle), Eclipse (IBM), Android Studio (Google) e NetWeaver para Java da SAP, em sua nova tecnologia para as nuvens SAP HANA a SAP adota a IDE Eclipse como sua nova plataforma de desenvolvimento. Sem contar outras inúmeras tecnologias profissionais e servidores de aplicações Enterprise para Java como Oracle WebLogic, IBM WebSphere, TomCat da Apache, JBoss da Red Hat.
Fora do Brasil o C# esta qualificado com apenas 7.4% no ranking de linguagens mais procuradas pelas empresas, enquanto Java possui 19,6%, segundo o site CodeEval o ranking das linguagens mais populares de 2015 são: Ranking Code Eval.
Já no Tiobe Index 2015, a linguagem Java aparece em segundo lugar, C# ocupa a quarta posição enquanto Delphi desde 2013 se localiza abaixo da decima sétima posição, você pode conferir o ranking mensal da Tiobe aqui: Tiobe Index 2015. Nos dois índices Java e C# ocupam posições similares no ranking.
Uma ótima ilustração para os parágrafos acima pode ser utilizando a ótica da empresa SAP (Lider mundial de software corporativo). Seu principal produto o SAP R/3 para grandes empresas utiliza opcionalmente Java como linguagem de desenvolvimento e também no núcleo algumas de suas aplicações, já seu produto para pequenas empresas chamado Business One utiliza .NET. Independe dos motivos quem conhece as duas aplicações sabe da diferença enorme da tecnologia entre elas.
Para uma comparação técnica completa entre Java e C#, utilize o link a seguir:
C# for Java Developers: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/ms228358(v=vs.90).aspx
Legados do Delphi
Java
Se tratando do Java seu conceito de objetos e sintaxe são baseados em C++ e em bibliotecas como a STL (Standard Template Library), mas o Delphi deixou um importante legado que é a IDE visual do NetBeans, originalmente denominada Xelfi e desenvolvida na República Tcheca em 1996. O objetivo era escrever uma IDE Java similar ao Delphi. O Xelfi foi a primeira IDE escrita em Java e posteriormente comprada pela SUN, que hoje pertence a Oracle e os exemplos oficiais são escritos para está IDE, inclusive a plataforma Java SE e EE podem ser baixadas em pacotes (Bundle) que já contemplam o NetBeans, o servidor de aplicação GlassFish e os plugins para sua interface RAD (Desktop com Java Swing, Java FX e Web).
NetBeans History: https://netbeans.org/about/history.html
C#
A Microsoft já namorava o arquiteto por trás do Delphi e de seu predecessor Turbo Pascal foi Anders Hejlsberg, onde se tornou o arquiteto responsável pelo projeto do C# e foi peça chave na criação do ambiente Microsoft .NET. Então é de se supor que o C# leva um pouco do Delphi dentro de si e podemos ver isto claramente na sintaxe de algumas instruções, principalmente no que se refere ao conceito de Eventos (Sender) e Setter (Getter e Setter).
C# Language: http://msdn.microsoft.com/pt-br/library/z1zx9t92.aspx
Métodos Getter e Setter
Em Java, C++ e C# existe o conceito de Getter e Setter (inclusive sintaxe idênticas) para métodos de classe que em Delphi seria “equivalente” a uma Function e uma Procedure. O Java e C++ seguem o padrão comum para o método Setter, em C# a Microsoft ensina o conceito como do Java quando você cria uma classe, o Visual Studio possui um atalho para criar Getter e Setter automaticamente mas não utilizando métodos, assim como os objetos do framework usam a sintaxe do Delphi, embutindo o conceito de Getter e Setter dentro de uma propriedade ou seja um método Getter para Java e C++, exemplo:
Getter e Setter – Java: http://docs.oracle.com/javaee/6/tutorial/doc/gjbbp.html
Getter e Setter – C#: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/w86s7x04.aspx
Então em C# é possível utilizar o conceito comum de Getter e Setter baseado em C++ e Java, utilizar o conceito de Get e Set embutido dentro de um método Getter (propriedades em C#) é meramente opcional e apenas uma questão de sintaxe do objeto, no qual desenvolvedores Delphi estão bem familiarizados. Inclusive o conceito propriedades nos objetos C#, torna a IDE do Visual Studio, na questão pratica do ponto de vista do desenvolvedor muito similar a IDE do Delphi.
Delphi Properties: http://docwiki.embarcadero.com/RADStudio/XE3/en/Properties
Código Fonte Java e C#
// Java
Objeto.setVisible(True); // Setter
// C# e Delphi (Propriedades)
Objeto.Visible = True; // Setter porem igual ao Delphi*
// * O conceito de operadores Java e C# são iguais
// Delphi usa := para atribuir um valor
Eventos – Windows (Win32) – Java – C#
Outra similaridade do C# com o Delphi são os eventos, o conceito de eventos do Windows a grosso modo é uma fila de mensagens que pode ser utilizado pela API através da função WindowProc ou WndProc e é mais similar ao Java que utiliza tipos de mensagens implementadas na classe (ActionListener, ItemListener, MouseListner e outros) por exemplo, o Java possui um ActionListner que identifica o evento de clique de qualquer botão independente da quantidade de botões em um formulário utilizando apenas um método, já o C# assim como Delphi e a IDE RAD do NETBEANS para JAVA tornam está funcionalidade mais fácil porem geram um código maior criando um evento de clique para cada botão da tela.
WindowProc: http://msdn.microsoft.com/pt-br/library/ms633573.aspx
Windows Messages: http://msdn.microsoft.com/pt-br/library/ms644927.aspx
Java Event Listner: http://docs.oracle.com/javase/tutorial/uiswing/events/intro.html
C# Event Handler: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/system.eventhandler(v=vs.110).aspx
Assim, você pode testemunhar a “semelhança” do conceito de Object Sender entre Delphi e o .Net Framework (VB.NET e C#), utilize os links abaixo para entender a sintaxe final do evento de clique de um botão.
Object Sender Delphi: http://docwiki.embarcadero.com/RADStudio/XE4/en/Using_the_Sender_Parameter
Object Sender .NET Framework: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/aa457091.aspx
Soluções e Projetos
Um ponto muito importante no desenvolvimento para o C# (Java já utilizava o Apache Ant e soluções recentes utilizam o Apache Maven) é que a Microsoft sabia da dificuldade de muitos programadores em utilizar o conceito Win32 na arquitetura do software e estruturação do código fonte, então o que em Delphi exigia abrir um projeto tipo Dll (não gerenciado) escrever uma biblioteca adequada, importar as funções para seu projeto principal e assim por diante. No Visual Studio surgiu o conceito de solução, que unido a um ambiente gerenciado torna possível criar vários projetos por solução, onde o projeto principal contendo um Windows Form, por exemplo gera um executável e os projetos desta solução contendo apenas biblioteca de classes geram automaticamente uma Dll (ambiente gerenciado) que é referenciada ao projeto principal e esta resolvido o problema que possuíamos no Delphi de alguns desenvolvedores criando executáveis enormes e códigos redundantes.
Solution and Project Basics: http://msdn.microsoft.com/en-us/library/b142f8e7.aspx
Concluindo
Vale a pena migrar para uma linguagem mais moderna sempre, inovação faz parte da área de software, todos nós só temos a ganhar, melhores ferramentas, técnicas mais modernas, maior produtividade, o importante é avaliar caso a caso e criar um projeto consistente e na medida para que este processo se realize da melhor maneira possível.
O que vimos neste post é apenas uma primeira visão da importância do Delphi e como o Delphi influenciou outras linguagens de programação. Para uma comparação mais precisa é necessário um projeto bem elaborado e fica a mensagem de que o Delphi pode ter desaparecido da grande mídia mas continuará vivo por muito tempo.